Old but Gold: A relatividade do belo na moda

Vários filósofos discutiram e alguns continuam argumentando seus pontos de vistas a cerca da pergunta: O que é belo?  O que faz algo ser bonito e agradável? Embora há diversos séculos esse assunto esteja em pautas, não temos um concesso que agrade a gregos e a troianos. 

Para Platão o Belo era tudo aquilo que era bom, a beleza perfeita. Mas é a teoria preferida e a de Immanuel Kant , que diz que o belo está nos olhos de quem vê.

"O belo é tudo aquilo que agrada desinteressadamente" Kant.

Kant ainda coloca que o belo irá variar de acordo com as percepções de cada um, dependendo até mesmo da forma que a pessoa foi criada, e onde cresceu e o meio social em que ela se encontra, tudo isso acaba influenciando o que achamos bonito ou feio.  
O sistema de moda sempre é o primeiro a ter opiniões sobre o bonito, geralmente são opiniões de pessoas que influenciam diretamente o cotidiano social. 
A moda sempre é a primeira a criticar o belo, o feio, e a julgar o estranho. Mas eu acredito piamente na teoria de Kant, dentro do seu estudo do belo, ele descreve que a beleza varia de pessoa para pessoa, depende da sua cultura, sua educação e relações sociais.

Para mim essa teoria se comprova, no fato que a 10 anos atrás, o uso de esmalte coloridos era considerado um fato estranho, diferente, o que mudou nesse meio tempo. Uma personagem de uma novela introduziu isso ao cotidiano do brasileiro se tornando algo normal, apos o termino da novela, o esmalte colorido foi colocado de lado e voltou com tudo na tendência color blocking.

Eu como profissional de moda, tenho direito a minha opinião de feio ou bonito, mas nunca posso dizer se é certo ou errado, a moda é subjetiva, eu não tenho direito de colocar o que acho bonito em todos, e nem de tirar o que considero feio, o que posso fazer é aceitar e conviver com as diferenças, que criam  nossas misturas e liberam o poder da criatividade.

Na moda hoje em dia, só é inaceitável, julgar os demais pelo seu gosto pessoal.